quarta-feira, 14 de abril de 2010

Cultura Jurídica e Ignorância

Já comentei por aqui que acabei de ingressar para o mundo juídico oficialmente, porque universitária trabalhando de escraviária (estagiária + escrava) não conta, e com a pouquíssima experiência após a conclusão do meu curso, já me deparo com as dificuldades e alegrias que permeiam as carrerias jurídicas.
Explico... o mundo das leis, com suas câmara de vereadores, advogados e juízes, é algo estranho para a maioria dos cidadãos brasilieiros, isso é fato. Porém essa característica própria de pérolas em suas conchas não é oposta somente aos leigos, mas também aos próprios integrantes desse sistema. Não raramente portarias, leis e diretrizes que disciplinam os trâmites jurídicos não são divulgados, ou ainda escondidos, e informações são negadas aos pobres colegas inexperientes.
Ainda pertenço ao limbo daqueles que concluiram o curso mas ainda não tem uma carreira jurídica própria dita, pois não sou advogada, nem passei num concurso público, mas já sinto os primeiros sintomas da alta seletividade desse campo.
Muitos alegam que essa é uma estratégia para descalificar os novos concorrentes a um mercado de trabalho já abarrotado, mas esse fenômeno deve ser nomeado de outra forma: a reprodução da ignorância. Ignorância no sentido de desconhecimento, de falta de acesso ao conhecimento. Falta cultura jurídica e conhecimento da ambrangência do termo cidadania a população, no entanto, mais grave que isso é um sistema jurídico que foi pensado para se sustentar sobre suas falhas.

Um comentário:

  1. Se quer um consolo, não é só no Direito ... E se quer uma má notícia, só tende a piorar! :P

    Beijos, Mari

    ResponderExcluir