quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Refazendo o caminho

Acredito que todo o acadêmico quando está concluindo um curso perde um pouco de sua identidade, um pouco de seus sonhos, um pouco de calorias, um pouco dos seus desejos. Todas essas perdas acontecem como as migalhas que caem ao chão e vão se enfileirando ao longo da estrada. Longe de parecer uma tragédia essas perdas são necessárias para a formação de uma nova identidade, como em todo processo de amadurecimento.
Contudo, essas perdas me atiraram num limbo, muitas possibilidades, muitas perguntas e poucas respostas, e mais uma dose de sentimentos confusos, desconexos. Além disso o corpo perecia, o cansaço mental e espiritual encobria tudo exigindo a sua parte daqueles cinco anos. No auge dessas incertezas descidi começar esse pequeno diário, mas me faltaram forças e o distanciamento necessário para analisa-las e compartilha-las.
Nesse turbilhão o mais importante de tudo foi se permitir: descansar o tempo necessário, deixar o pensamento voar e pousar onde desejasse, sem pressões e constrangimentos, enfim se permitir fez parte do processo de cura e restauração do equilibrio. Com a alma e a vitalidade restauradas voltemos a preencher esse pequeno diário, pois as peças já encontraram os seus lugares e as palavras saltam em direção ao papel.

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